As 10 principais tendências de consumo para 2017

O setor de consumo apresenta, para 2017, uma combinação consolidada de tendências e hábitos de compra que vêm desafiar as compras tradicionais. 

De acordo com a Euromonitor International, o consumidor de 2017 é mais difícil de caracterizar, em grande parte porque a sua identidade é multidimensional e de fácil mudança. Os consumidores estão, no entanto, mais dispostos a participar numa definição de si mesmos e das suas necessidades. 

A Euromonitor International emitiu um relatório de Daphne Kasriel-Alexander, consultor de negócios e tendências de consumo, que analisa as dez principais tendências de consumo globais para este ano que agora começa. 

Em 2017, quase um quarto da população mundial terá mais de 50 anos. Estes consumidores estão a alterar os seus hábitos de consumo, sendo mais exigentes no que respeita às suas necessidades. Cada vez mais são apelidados de “economia de longevidade”, são grandes consumidores de produtos de saúde e beleza e muito recetivos aos avanços tecnológicos. Estes consumidores têm mais tempo livre, poder de compra e dão enorme prioridade ao bem-estar.

As exigências familiares atuais estão a fazer emergir estes consumidores jovens. Os fatores típicos incluem o conflito dos pais entre a vida profissional e a vida pessoal e o consequente aumento do interesse dos consumidores em aspetos como a comodidade na forma de pagar e a facilidade do online. Esta realidade dá maior influência às crianças, não só no consumo das famílias, mas como consumidores em formação. 

Cada vez mais pais incluem as crianças nas suas decisões de compra. Os pais procuraram a opinião de seus filhos em decisões como onde ir jantar, que tipo de carro comprar ou até mesmo o que vestir. 

Vivemos numa era onde os produtos produzidos em massa perderam alguma da sua força. A Internet permite aos consumidores a aquisição de produtos e serviços exclusivos e personalizados. Estes consumidores "extraordinários" estão a monopolizar os holofotes e a especificar as suas necessidades. Enquadram-se na categoria de “consumidores atípicos” em termos de gosto musical, tolerância aos alimentos ou segurança. 

Esta categoria está agora a encontrar a sua voz e a exigir mais e melhores soluções de produtos. Estes consumidores expressam-se cada vez mais quando as suas necessidades não estão satisfeitas em sectores como viagens, alojamento, moda ou cuidados médicos. Estas necessidades são cada vez mais convencionais e menos de nicho. 

Em 2017 os consumidores vão ser ainda mais impacientes. Devido ao mundo digital, regem-se pela norma“I Want What I Want and I Want It Now”. São consumidores impulsivos que procuram uma gratificação imediata. Em bom português querem as coisas “para ontem”. 

As marcas estão a responder a esta exigência acelerando os seus negócios em aspetos como as entregas em uma hora apenas. 

A autenticidade é, em 2017, um aspeto ainda mais valorizado pelos consumidores. Procurar genuinidade seja em alimentos, bens de consumo ou mesmo em pessoas é um dos maiores desejos dos consumidores. 

As marcas estão a esforçar-se por repensar quem são realmente os seus públicos, em diferentes países, e como interagir com cada um deles. Apesar de serem marcas globais, a aposta numa identidade mais local é cada vez maior. 

Em 2017, devemos aceitar a ideia de que um produto, ainda que fabricado industrialmente, pode ser em parte personalizado. A personalização avançada começa a ganhar destaque devido à procura de “experiências de luxo” que mudam o paradigma de “ter” para “ser”. Com uma capacidade quase infinita de reunir informações sobre clientes e inovação em tecnologias de produção, como a impressão 3D, as massas podem agora imitar os seus homólogos de luxo. 

As marcas procuram também por formas de fortalecer a relação com o consumidor através das emoções que surgem pela “personalização” de produtos. 

Em 2017, os consumidores vão dar ainda mais importância à experiência pós-venda, uma parte cada vez mais importante no acréscimo de valor a um produto ou serviço. A forma de contacto com os consumidores e as respostas obtidas são cada vez mais fatores que influenciam a forma como o consumidor vê o negócio e a decisão em voltar ou não a realizar uma compra nesta marca/empresa. 

A fim de satisfazer e fidelizar clientes, cada vez mais produtos e serviços contam com algum tipo de serviço pós-venda. 

O sentimento global de insegurança desperta nos consumidores uma necessidade ainda maior de permanecerem “sãos e salvos”. 

O desejo de manter a forma e de estar saudável parece ser quase universal. Uma vida saudável está a tornar-se um símbolo de status à medida que mais consumidores optam por exibir a sua paixão pelo bem-estar, através de sessões de exercícios, uso de vestuário de desporto em todas as instâncias da vida, alimentos mais saudáveis e até férias orientadas para o bem-estar.

Fonte: Grande Consumo

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Disponível em: http://www.grandeconsumo.com/noticia/10770/as-dez-principais-tendencias-de-consumo-para-2017 | Acesso em: 01/02/2017 às 09h53.