Pesquisadores defendem o consumo da fruta

17/02/2014

Estudo recente publicado pela revista científica BMJ aponta para o efeito protetor do consumo de frutas inteiras, particularmente maçã, uva, pera, banana e mirtilo (blueberry), em relação ao aparecimento de doenças como o diabetes tipo 2. Mas não só isso: os antioxidantes presentes nas frutas ajudam a combater o envelhecimento precoce e a reduzir o aparecimento de algumas doenças. 

O estudo foi corroborado por um levantamento feito pelo Centro Cochrane do Brasil, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para o endocrinologista Orsine Valente, do Centro, de fato não há dúvidas de que o melhor é o consumo da fruta inteira em comparação ao suco feito a partir da mesma, para evitar o risco de desenvolvimento do diabetes. "Mesmo quando os alimentos possuem a mesma quantidade de carboidrato existem diferenças clinicamente significantes nos efeitos da glicemia", diz. 

Por isso a recomendação para se evitar o consumo de suco da fruta, já que a fruta propriamente reduz em até 7% o risco da doença aparecer, ao contrário do suco, que concentra alta carga glicêmica e, ao ser processado, reduz a carga de nutrientes benéficos e fibras. 

O ideal, segundo os pesquisadores, é consumir pelo menos três porções por semana de qualquer fruta inteira. Isso porque elas são ricas em fibras, antioxidantes e fitoquímicos (carotenoides, betacaroteno, licopeno, antocianinas, quercetina), que também agem como efeito protetor. 

A dermatologista Miriam Delbem Belão, de Rio Preto, reforça a importância do antioxidante no organismo por ser uma molécula que evita a oxidação de outras moléculas. Assim, evita o envelhecimento, inclusive da pele. A médica lembra que todo processo de envelhecimento envolve fenômenos de oxidação. 

"Quando envelhecemos, tanto a oxidação quanto seu controle envelhecem juntos, mas os estudos científicos mais recentes demonstram que a proteção antioxidante diminui a quantidade de defeitos celulares e prolonga a eficiência e o tempo de vida útil das células", diz. 

Sintéticos 

Se a pessoa não gosta tanto assim de frutas pode recorrer à suplementação dos antioxidantes na farmácia. Uma vez que é possível encontrá-los em algumas formulações, como explica a farmacêutica Ana Carolina Tomaz Borges, de Rio Preto. "Existem os antioxidantes sintéticos orais, que são suplementos de vitaminas, minerais/oligoelementos, polifenois, carotenoides e flavonoides indicados quando a ingestão de frutas, legumes e grãos integrais não é suficiente na dieta. Ajudam na prevenção e/ou tratamento do envelhecimento e outras doenças, como câncer", diz. 

Dependendo dos hábitos, a pele pode denunciar uma idade mais avançada do que a real. "O excesso de exposição ao sol, o hábito de fumar, pouca ingestão de água, má alimentação e dormir pouco são os piores vilões no processo de envelhecimento. Esses fatores aumentam a oxidação celular e consequentemente levam à maior degradação de colágeno, desidratação e formação de rugas. 

Nestes casos, o uso de antioxidante em cápsulas ajuda a ativar a beleza de dentro para fora. Um aliado poderoso para neutralizar os radicais livres, diminuindo a oxidação celular", afirma Leonardo Webhi, da Nutricé Laboratoires, empresa que atua no ramo de nutricosméticos. 

A dermatologista Mirian lembra que há alguns agentes antirradicais que são encontrados no próprio organismo, como o superóxido dismutase, enquanto outros são absorvidos através do metabolismo dos alimentos (alfatocoferol, vitamina E, ácido ascórbico, vitamina C e betacaroteno). 

Mas para que tudo funcione adequadamente é preciso que se mantenha "uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, óleos vegetais, castanhas e carnes magras, e assim estará garantida a necessidade diária dos antioxidantes", diz.


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